Ambientes hospitalares e demais centros de saúde exigem atenção especial relacionada aos sistemas de ar condicionado, especialmente visando preservar a qualidade do ar interior em todos os espaços. É sempre importante avaliar a criticidade envolvida em cada ambiente, como:
Necessidades especiais de controle de temperatura e umidade;
Presença de pacientes com baixa resistência imunológica e de saúde ou de pacientes com doenças contagiosas;
Procedimentos invasivos que podem ser conduzidos nos espaços, como cirurgias;
Circulação da equipe hospitalar e demais funcionários;
Circulação de pacientes e visitantes.
Assim, além do conforto térmico dos ocupantes, é especialmente importante considerar a renovação de ar adequada, a filtragem do ar com filtros de alta capacidade e a não dispersão do ar de ambientes com altas chances de contaminação para outros espaços. Todas essas medidas devem ser mantidas em todos os momentos, e a parceria com empresas mantenedoras e de instalação especializadas é fundamental.

Em momentos de obras ou reformas nos sistemas de ar condicionado, a atenção deve ser redobrada para evitar riscos à saúde dos ocupantes. Assim, barreiras ou paredes temporárias são importantes, mas não eliminam a necessidade de um plano estratégico e avaliação de riscos, incluindo:
Garantia da operabilidade hospitalar;
Monitoramento da qualidade do ar interior;
Previsão dos possíveis riscos envolvidos;
Controle do fluxo de pessoas, de materiais hospitalares e de obra;
Uso de EPIs de qualidade pelas equipes de obra;
Treinamento adequado de todos os envolvidos.

Por exemplo, durante uma reforma ou manutenção dos sistemas centrais de HVAC, é importante que os dutos sejam selados, evitando assim a contaminação ou a circulação do ar e contaminantes indesejados. As UTAs (unidades de tratamento de ar) devem ser lacradas, e a área em construção ou reforma deve ser mantida sob pressão negativa, com ventilação mecânica para extrair o ar do espaço. É indicada a utilização de filtros de alta eficiência, com eficiência mínima de 95% (ASHRAE 52.1).

É importante ressaltar que o grau de cuidado a ser tomado pode variar em função das atividades e características de cada espaço do hospital, considerando as criticidades e necessidades envolvidas. Sendo assim, é necessário avaliar cada caso de forma individual, preservando as condições adequadas para cada espaço.

A revisão da NBR 7256, publicada em agosto de 2021, aborda em profundidade os conceitos aqui discutidos e contribui para o melhor entendimento de todas as equipes envolvidas sobre a importância da correta manutenção da infraestrutura desses locais.

Com a crise hídrica do ano passado e os aumentos substanciais nos custos de energia, e considerando que os sistemas de ar condicionado podem corresponder a cerca de 35% a 80% do consumo de energia de uma edificação assistencial de saúde, é fundamental identificar oportunidades de eficiência energética e evitar o desperdício de recursos. Para isso, a presença de uma empresa parceira especialista em HVAC e tecnicamente capacitada contribui para o bom funcionamento dos sistemas, a segurança das operações, a qualidade de vida e saúde dos usuários e a economia de recursos.

A SMACNA Brasil é uma associação que, além de prover empresas com essa capacidade técnica, também mantém seus guias, normas, diretrizes e associados atualizados para a sempre aplicação de boas práticas de engenharia.